Em cerimônia solene realizada na tarde/noite, desta segunda-feira, 24 de outubro de 2022, o Vaticano oficializou a beatificação da menina de 13 anos, que se tornou a Mártir Benigna, há cerca de 80 anos, por ter sido morta de forma violenta

Cerca de 50 mil fiéis católicos participaram da grande celebração, no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti, presidida pelo arcebispo Leonardo Ulrich Steiner, da Diocese de Manaus, escolhido pela igreja católica. A beatificação de Benigna foi autorizada pelo Papa Francisco em 2019. O processo antecede a canonização, necessária para tornar Benigna uma santa para a Igreja Católica. Durante a leitura da carta apostólica do Vaticano, o arcebispo lembrou do gesto de Benigna Cardoso ao pagar sua dignidade com sua própria vida.

Sobre Benigna Cardoso

Benigna Cardoso da Silva nasceu em 15 de outubro de 1928, no Sítio Oiti, em Santana do Cariri, Ceará. Órfã de pai e mãe muito cedo, a menina foi adotada juntamente com seus irmãos mais velhos por outra família. Na data de 24 de outubro de 1941, aos 13 anos de idade, Benigna foi atacada enquanto ia pegar água numa cacimba próxima à sua casa. Seu agressor foi Raul, um conhecido que já havia tentado casar com ela, mas que foi rejeitado por Benigna. Na abordagem, Benigna foi morta. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Público São Miguel e o túmulo é visitado frequentemente como um martírio. A cerimônia de beatificação estava originalmente prevista para 2020, mas foi adiada por causa da pandemia da Covid-19.

Na cerimônia estiveram presentes familiares da beata. Na ocasião, foi descerrado o quadro com a sua imagem, em que ela está com as vestes que a tornaram popularmente conhecida, um vestido vermelho simples, com bolinhas brancas, e nas mãos um ramalhete de flores. A cerimônia foi aberta com a entrada do andor de Nossa Senhora da Penha, Padroeira da Diocese e da cidade do Crato.